quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O que você faria se não tivesse medo?

Eu já tive muitos medos nesta vida. O primeiro medo registrado pela minha memória é o de palhaço. Tinha completo pavor de ver aquelas figuras maquiadas tentando fazer os outros rirem. No meu caso, as únicas coisas que eles conseguiam eram uma corrida em direção contrária em busca de um lugar onde poderia me esconder. Lembro-me também quando me contaram que Papai Noel não existia e um medo avassalador de que Deus também não existisse tomou conta de mim. Os anos se passaram e acabei substituindo alguns medos por outros. Mas até onde sei, isto não é um privilégio meu. Parece que nós, humanos, estamos sempre sendo paralisados por algo. Alguns chamam de crenças, de zona de conforto, mas a pergunta que não quer calar é: o que você faria se não tivesse medo?


Já estamos em dezembro, mês das listas de desejos para o ano que se inicia. Quantos daqueles bullets points que não receberam o check de realizado este ano estarão presentes na lista de 2016? Fico aqui pensando, que ótimo álibi ter 365 dias à disposição para realizar um desejo, sem contar que, em alguns casos, estendemos para os próximos 365 dias.  


Quantas frustrações aguentamos até que percebamos que a água já está batendo no pescoço e o desejo pungente clama por uma ação nossa? É desleal com os nossos sonhos. Porém, nadar de braçadas largas, a favor da corredeira das realizações precisa ser condição primordial de todos nós. Segura na mão da coragem e vai... E se der medo, vai com medo mesmo. Felicidade não se adia!

Da minha parte, estou riscando da lista os diversos adiamentos para voltar a escrever. Inaugurar este novo blog faz parte de um novo projeto: o que você faria mesmo se tivesse medo?




5 comentários:

  1. Emiliana que bonito o texto, me fez pensar. ...nadar de braços largos....reflete todas as nossas buscas ....nossas conquistas. ..é continuo nadar de braços largos e ai quando a gente cansa....sempre ..mas sempre mesmo..aparece uma Luz!!!! Obrigada Emi!!!

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  2. Fantástica mensagem sabendo de onde vêm está descoberta me faz ficar ainda mais feliz por ver você sendo assim livre de braços abertos e fazendo tudo que tem coragem. Um grande e afetuoso abraço lucimara san

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  3. Engraçado que meu único medo foi "entender" que Papai Noel não existia e meu cavaquinho estava escondido dentro da mala do fusca no quintal da nossa casa de praia. Esse foi o meu maior medo porque eu já sabia que Papai Noel não existia, mas tive que admitir que já sacava há um tempinho que era meu avô quem segurava o lugar do condutor das renas. Meu medo era que ele deixasse esse trenó para lá. Não por causa do presente, mas por causa de toda aquela vibe do suspense. De lá para cá, nunca mais me permiti ter medo de nada. Não por ser A fodona, não! Apenas porque comecei a entender que o medo me limitava, me impedia de algo que eu queria fazer ou experimentar. No fear!

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