tag:blogger.com,1999:blog-25599821431740026002024-03-06T03:03:08.607-03:00Cartões-Postais de Viagens ImagináriasMilahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-1937522544700460702016-12-09T00:23:00.001-02:002016-12-09T00:25:35.333-02:00Mudança da páginaOlá!<br />
Esta página mudou o endereço! Estamos agora em:<br />
<b> <a href="http://www.viagensimaginarias.com.br/" style="text-align: center;">www.viagensimaginarias.com.br</a></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhawj7CKMWH4GAA7tCgpNu3l8H2bOa3bEwXF7HE0APxHTx_ZEDoW_nAgP2DhoMawNWNw-QDnX2wkeDL4piqq4eO7ITyFIYIXlzH5ipsx5tOkI1EIVRQQYw2lKpC_38qNyh8uejzLtCQu_no/s400/CPVI+Logo+oficial.png" width="400" /></div>
<a href="https://www.blogger.com/goog_2091577045"><br /></a>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-16328517352678016712016-11-28T23:38:00.000-02:002016-11-28T23:39:25.378-02:00Sagitarianos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mitológico centauro que os simboliza,
sagitarianos, também poderia ser representado pela tríade corpo-mente-coração. Sagitário
é bicho forte, os seus membros inferiores não servem apenas para correr, como
também para desbravar o mundo sentindo o carinho do vento no rosto. Vocês podem
até envergar um pouco, mas em momento algum desistem daquilo em que acredita e
cavalgam por aí com a autoridade de quem carrega a certeza de que tudo vai dar
certo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A sua parte humana – demasiadamente
humana – existe para que eles não se esqueçam da sua condição racional, da sua
individualidade, de ser singular, mas também plural, através da dádiva de viver
em sociedade e assim compartilharem, expandirem e se tornarem aquilo para o que
nasceram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Sempre prontos para agirem com seus
arcos e flechas voltados para o horizonte, eles partem na caça incessante por sabedoria.
São guiados pela vontade incontrolável de viajar e conhecer o mundo, sendo que
a melhor viagem aconteceu no dia em que eles olharam para dentro de si mesmos e
descobriram, finalmente, onde habitava o infinito.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFzq32qhr0k2ezVgIT5vlcD-x_ykYL52V4tt10AyUKhL-YySLO9-uMmLMIujEUFl8Mj881md0FwV6qCptwlD0VROkd5_LAig5mdyAiof2V-4rIg2aTJglicBxaTS6sP1pEdsgkFj8wHKr/s1600/horoscope-gallery-sagittarius.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFzq32qhr0k2ezVgIT5vlcD-x_ykYL52V4tt10AyUKhL-YySLO9-uMmLMIujEUFl8Mj881md0FwV6qCptwlD0VROkd5_LAig5mdyAiof2V-4rIg2aTJglicBxaTS6sP1pEdsgkFj8wHKr/s320/horoscope-gallery-sagittarius.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-40681495228779559042016-11-14T00:26:00.000-02:002016-11-14T00:26:28.744-02:00Contatos Imediatos de Primeiro Grau<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem pessoas que bastam apenas
dez minutos de conversa para que floresça em nós uma sensação de intimidade, de
que a conhecemos por anos e anos. Em muitos casos, a conexão é até maior do que
a com pessoas que de fato conhecemos há tempos. Esta relatividade do tempo só
comprova, pelo menos para mim, que quanto mais estamos dispostos a nos abrirmos
à generosidade do universo, mais a sincronicidade vai acontecer. Aliás, a
sincronicidade está sempre por aí, aos montes, gritando, pulando em nossa cara.
O problema é que clamamos por sinais, mas, muitas vezes, eles são ignorados
porque estamos mais preocupados com dores do passado e com o medo do futuro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Experimentar um contato imediato
de primeiro grau com alguém que está na mesma vibração que a sua é um presente
do universo</b>. É se nutrir de uma energia tão poderosa, capaz de tornar a
caminhada mais leve, porque apesar de cada um ter a sua própria estrada de
tijolos dourados para pavimentar, nada nos impede de nos unirmos a outras
pessoas. Esta é uma constatação dos físicos quânticos, das mentes brilhantes
que estudam as leis universais que dizem que tudo está interligado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Algo me diz que ter coragem é
fundamental para que este encontro aconteça, afinal, coragem não é ausência de
medo. Coragem é, etimologicamente falando, agir com o coração. Todas as pessoas
com as quais tive este contato imediato, ainda que trouxessem na bagagem
frustrações, remendos e arranhões, foram e continuam indo atrás daquilo que
fazem os seus corações vibrarem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É um ato de generosidade se abrir
e se permitir conectar, por isso, eu me sinto cada dia mais grata a estas
pessoas que sou íntima pela energia que elas emanam e, principalmente, pelo bem
que isso me causa. Saber e sentir que elas estão aqui, sempre por perto, mesmo longe
fisicamente, é provar de uma das mais poderosas fontes de beleza da vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxWtfwzk4zrGsBFBDgPzvyOwnbiHhTjKx0Kv6LSB7t8OfjsOVPvGYjDCabQC9YmrmHFYpaUrCke39dE-8jJ6QGkxcyB26MeEVEmcRWDvpQZM0ctz6DlCosFxZp3G1Pz75zxpiHbsFOGixt/s1600/FB_IMG_1474366113983.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxWtfwzk4zrGsBFBDgPzvyOwnbiHhTjKx0Kv6LSB7t8OfjsOVPvGYjDCabQC9YmrmHFYpaUrCke39dE-8jJ6QGkxcyB26MeEVEmcRWDvpQZM0ctz6DlCosFxZp3G1Pz75zxpiHbsFOGixt/s200/FB_IMG_1474366113983.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-36995163765549845862016-10-26T23:12:00.000-02:002016-10-26T23:12:09.676-02:00Estranha gentileza<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta semana aconteceu um fato que
eu gostaria que fosse inusitado, mas não, é um fato até bem comum de acontecer,
infelizmente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho me deparado com situações
onde cada vez mais o exercício da gentileza tem causado estranheza às pessoas,
inclusive a mim. Parece que vivemos tão preso ao próprio umbigo, tão voltados
às nossas necessidades, desejos e pensamentos, que quando alguém é cortês
conosco corremos o risco de <b>ficarmos imaginando qual é o interesse da pessoa
por trás daquele ato</b>. Já perdi as contas de quantas feições de estranheza
presenciei diante de uma cordialidade, estranheza esta compartilhada também por
quem estava ao redor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vivo me questionando como viemos
parar neste ponto, onde a Lei da Vantagem, ou simplesmente, Lei de Gerson,
muitas vezes impera, onde o errado é que é o certo e que, em muitas situações,
fico constrangida por ser gentil com as pessoas, até porque "bonzinho só
se fode". Não é está a crença? Já ouvi explicações históricas,
filosóficas, psicológicas etc., mas cansei de pôr a culpa na descrença com
políticos, na crise econômica, na TPM, na pessoa que me empurra no transporte
público lotado... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já recebi tanta gentileza de
pessoas que nem conhecia, de pessoas nas quais sou grata até hoje. Certa vez,
um rapaz que carregava no colo diversas sacolas fez questão de arrumá-las
melhor só para liberar um pouco mais de espaço e gentilmente pedir para segurar
a minha mochila. Confesso que me surpreendi. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recentemente, li uma matéria na internet
sobre um homem que tirou suas roupas e deu para um morador de rua que passava
frio. Fiquei tocada, rapidamente repliquei na minha rede social, mas depois
passei o dia refletindo sobre o fato daquele gesto ter se tornado uma notícia.
Foi um gesto de solidariedade, de gentileza, acima de tudo, de empatia, mas me
parece que não estamos acostumados com estas amabilidades e, talvez por isto,
eu tenha me surpreendido com a oferta do rapaz em carregar a minha mochila. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Doar o lugar no ônibus a outra
pessoa, não porque ele é um assento especial, mas porque percebemos que a
pessoa está precisando mais dele do que nós naquele momento, dedicar alguns
minutos para ensinar a um novo colega de trabalho usar o sistema da empresa,
chegar atrasado a um compromisso para dar instruções a uma pessoa perdida na
rua são gestos sem heroísmos que não merecem nem devem ser notícias. Deveria
ser o lugar-comum, o cotidiano, deveria despertar não estranhezas, e sim sorrisos
imediatos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Algumas pessoas podem achar que
esta é uma visão ingênua e romantizada, mas não há como negar a delícia que é
sentir o calor no peito quando fazemos o bem a alguém. Para mim, além de ser
uma forma de retribuir tanta bondade que já recebi durante a minha jornada de
vida, a gentileza, seja ela sucedida de estranheza ou de sorrisos, me ilumina,
me faz sentir cada vez mais que bonzinho normalmente não se fode.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8kCse5gRvMLCdgO0TiqUKE5cKb30jCJe05EMLDmgToiGT1wwWKDqajFjFpcqeGtlCXLxZRTn2-mfoXSV5SlJhsRKvoTv65Xs1prL5Pcl9J8SlOfZtrsmMK2GfhNdkQKExIU6PAbrZzKdX/s1600/tumblr_lzqce9PEvZ1qjohvwo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8kCse5gRvMLCdgO0TiqUKE5cKb30jCJe05EMLDmgToiGT1wwWKDqajFjFpcqeGtlCXLxZRTn2-mfoXSV5SlJhsRKvoTv65Xs1prL5Pcl9J8SlOfZtrsmMK2GfhNdkQKExIU6PAbrZzKdX/s320/tumblr_lzqce9PEvZ1qjohvwo1_500.jpg" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Nenhum ato de gentileza, é desperdiçado, <br />não importa o quão pequeno seja.”</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-82405208182044846322016-09-17T13:07:00.000-03:002016-09-17T13:21:50.834-03:00Eu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX5V_fJarg2r6kHk-enO8NVknDy5F1mazMLbP895uvp0C2foga1mxWA6SlgKRiGQjQKBYjchIgigxobwki7H-qPvcb4v1YWkGg0FFFE2qv13L7017Rogp9zpJ1a2PG35_WF3rEZbCjzSZU/s1600/milinha3x4_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX5V_fJarg2r6kHk-enO8NVknDy5F1mazMLbP895uvp0C2foga1mxWA6SlgKRiGQjQKBYjchIgigxobwki7H-qPvcb4v1YWkGg0FFFE2qv13L7017Rogp9zpJ1a2PG35_WF3rEZbCjzSZU/s1600/milinha3x4_2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou alguém apaixonada por pessoas. Não concebo a vida sem música, sorrisos e sorvete de chocolate. A arte exerce um papel fundamental, o de me transportar para outros mundos sendo um sopro na loucura da vida. Tenho um ímã para atrair loucos, tanto os de rua quanto os domesticados, me dou bem com todos. E escrevo. Muito e todos os dias. Para descobrir quem sou. Os melhores textos são aqueles que nunca consegui transcrever da mente para o papel, geralmente nascidos em translados entre algum lugar e minha casa, depois que meus olhos caleidoscópicos deixaram gravados na retina e na memória momentos, alguns breves e outros que duram uma eternidade. Meus amigos estão espalhados por aí, alguns longe, outros mais perto, todos de uma forma ou de outra, são pedaços de mim. Sou constituída do amor que aprendi a aceitar deles e do amor que eles me ensinam a dar sem medo de me decepcionar. Pessoas vêm e vão e as que estão, que fiquem para sempre. Não sei empurrar as coisas com a barriga, tudo o que eu quero, quero-ao-mesmo-tempo-agora. Apaixono-me todos os dias. A todo o momento. Sou movida pelo amor e não sei viver de outra forma.</div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-18925948470839321662016-09-17T11:48:00.003-03:002016-09-17T11:52:46.608-03:00Caiu, levantou e seguiu em frente<div style="text-align: justify;">
Amanhã acontecerá a cerimônia de encerramento das Paralimpíadas do Rio, mas uma imagem que ocorreu na abertura, no dia 07 de setembro, ainda não saiu da minha cabeça: a da ex-atleta Márcia Malsar conduzindo a tocha olímpica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Malsar sofre de paralisia cerebral, um conjunto de desordens permanentes que afetam o movimento e a postura, causada por uma encefalite quando ela tinha dois anos de idade. Mas Márcia é daquelas pessoas que transformam as "deficiências" em lições de vida. Ela foi a primeira atleta Paralímpica a ganhar uma medalha de ouro, isto ocorreu em 1984, em Nova Iorque. Além desta medalha, ela também conquistou duas pratas e um bronze naquela mesma edição dos jogos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, duvido que muitos conhecessem Márcia Malsar antes do dia 07 de setembro deste ano. A imagem daquela mulher, aparentemente frágil, que caiu ao carregar a tocha, rodou o mundo naquela noite. Malsar levava a tocha na mão esquerda e na outra segurava a bengala que a ajudava a se locomover lentamente através do percurso molhado pela chuva que insistia em não parar, quando, mesmo com passos curtos, acabou escorregando. Em poucos segundos, duas pessoas da organização dos jogos a ajudaram a se levantar ao mesmo tempo em que as pessoas que estavam no estádio do Maracanã ovacionavam a ex-atleta. Ela se levantou e completou o seu percurso que durou pouco mais de dois minutos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em uma das inúmeras entrevistas que concedeu após o episódio, ela disse que foi uma honra poder ter feito parte daquela abertura. Pois bem, Márcia, a honra foi nossa, acredite... Como se já não bastassem as lindas histórias de todos os atletas paralímpicos da Rio 2016, através de você, pudemos presenciar em dois minutos, <b>as metáforas das nossas REAIS deficiências e limitações. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqueles passos curtos nos mostraram que a vida acontece sem pressa, que cair, além de fazer parte, é essencial ao nosso crescimento e que não devemos nos preocupar se não conseguirmos levantar sozinhos, sempre haverá alguém para nos ajudar e que, no final das contas, o mais importante é seguirmos em frente. Olímpicos, paralímpicos ou "meros mortais", saber viver é isto, não é?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMWXUhixNMziZ0TZbelxfd9oyZ8V5-jOgEoa30d96NcETVgZX2AuC9arJ9LEwrHLv0mWsHf-ODyKkw9Fc_hA04kwtT-CH4D6r21JylUVh7u7zuzY_EWIM2PLZk7iaup-yCz5esIylUbAa_/s1600/14183901_1170775996316235_277597816654628720_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMWXUhixNMziZ0TZbelxfd9oyZ8V5-jOgEoa30d96NcETVgZX2AuC9arJ9LEwrHLv0mWsHf-ODyKkw9Fc_hA04kwtT-CH4D6r21JylUVh7u7zuzY_EWIM2PLZk7iaup-yCz5esIylUbAa_/s320/14183901_1170775996316235_277597816654628720_n.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-2160893442092184282016-08-08T00:10:00.000-03:002016-08-08T09:10:10.179-03:00Para Califórnia, com amorQuerida Cali,<br />
<div style="text-align: justify;">
tudo começou quando deixei de escutar a negatividade alheia que citava crise e segui o meu lema de dizer a maior quantidade possível de SIMs para as oportunidades da vida. Nada como um bom planejamento financeiro e foco para chegar até você. O que eu sei é que quando você diz sim, os obstáculos vão ficando cada vez menores. Por isto, abracei a oportunidade de estudar fora do Brasil por 21 dias, te conheci e me apaixonei.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em todos estes dias, eu fui sua. Totalmente e unicamente sua. Você foi o melhor e mais apaixonante amor de Verão que eu já tive. Lembro que no primeiro dia de aula, o professor explicou que o mais importante em um produto são os seus benefícios intangíveis e é assim que eu te vejo e te sinto, como algo não apenas intangível, mas inexplicável. Desde que nos separamos, várias pessoas vieram me perguntar como foi te conhecer e eu não consigo usar outra palavra que seja diferente de incrível.<br />
<br />
Não tenho como explicar o que são as suas estradas, longas, cheias de placas e bifurcações, que nos premiam com um visual das suas montanhas de tirar o fôlego. O Sol que resolveu morar de vez ai, nascendo por volta das quatro da manhã e indo se pôr lá pelas nove da noite, não sem antes desfilar todas as suas tonalidades de dourado. Que privilégio o meu de poder meditar e entrar em conexão com o Divino deitada em suas areias, banhar-me nas águas do oceano Pacífico, geladíssima, mesmo com o calor de 40 graus.<br />
<br />
Falando em calor, desculpe-me pelo preconceito, quando imaginei que encontraria uma população fria, que trataria, nós latinos, com indiferença. Fui carinhosamente e educadamente recebida, por cidadãos comuns, nas filas de mercado e posto de gasolina. Foram tão gentis em me ajudar, em querer saber de onde eu vinha e como poderiam me ajudar.<br />
<br />
Confesso que em muitas vezes que eu não entendi o que seus moradores falavam, mas eu consegui sempre entender e me comunicar através da linguagem universal do sorriso. É por estas e por tantas outras coisas, que eu expresso a minha gratidão, Califórnia. Foram tantas experiências e sensações que eu levaria muito tempo tentando por em palavras. O que eu prefiro mesmo, é continuar curtindo aquilo que pertence apenas a nós duas.<br />
<br />
Com amor,<br />
Mila.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l4-O39sYXSENNFLDf0lexHi0VN7JjAVznDdGU9MYdJaghUYQY7KGG7NzB8l7er5QeP0dkfuuYZHJ-GHhxrSoSenofiZTKWJtnfaJUZTJ7u18R3jepH1UMJVHjqbQJyVNSaX9DzMXrrMo/s1600/20160724_181521.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l4-O39sYXSENNFLDf0lexHi0VN7JjAVznDdGU9MYdJaghUYQY7KGG7NzB8l7er5QeP0dkfuuYZHJ-GHhxrSoSenofiZTKWJtnfaJUZTJ7u18R3jepH1UMJVHjqbQJyVNSaX9DzMXrrMo/s320/20160724_181521.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><i>"O que você viveu ninguém rouba." (Gabriel García Márquez) </i></b></div>
<br />Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-25778817277433559432016-07-01T08:24:00.001-03:002016-07-01T12:30:42.193-03:00Daqui para frente<div dir="ltr" style="text-align: justify;">
Toda a minha formação profissional foi baseada em planejamentos, métricas, índices, controles e coisas do tipo. Provavelmente reflexo do objetivo de controlar a vida. Ter metas pessoais e disciplina é extremamente saudável, mas a busca incessante pela falsa sensação de segurança e controle das coisas é insana.<br />
<br /></div>
<div dir="ltr" style="text-align: justify;">
Deve ser insegurança, medo ou algo da mesma família esta necessidade de ter as coisas sob controle. Mas quais são de fato estas tais coisas que precisamos controlar? E diante destes questionamentos e me percebendo mais uma vez como um cachorro correndo atrás do rabo, que eu paro para pensar em quais são as "coisas" que me fazem feliz. O exercício de apenas permitir deixar os pensamentos virem, sem controle, sem julgamentos, invariavelmente me transporta para momentos que me deixaram entregue às sensações, e sem noção do tempo e do espaço. </div>
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Momentos, "momentinhos", "momentões" que validam a afirmação de Adélia Prado, quando diz que <b><i>o que a memória ama, fica eterno</i></b>. E a minha memória afetiva se abastece exatamente quando esqueço de querer controlar. Sou grata às inúmeras situações inesperadas, que ajudaram a acender muito daquilo que intitulo de a chama da vida. Como a sensação de perceber a empatia de um garoto de cinco anos que me deu seu super-héroi de brinquedo para me proteger logo após eu ter sido assaltada.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-1-qCmzarKT5R-QEgfv53HdfJC5IZ5NWSG_ql-B3YDzGMKW2N3F4sdCfo2spC0zJK7xmZaV4rbVfDTeGlMZZJong7JuJFKOXc4lPVe5Cnc6MA38iYxHqZTYqQpuYjgH6MiyuhY-BGVZMC/s1600/n-HAPPY-LIFE-628x314.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-1-qCmzarKT5R-QEgfv53HdfJC5IZ5NWSG_ql-B3YDzGMKW2N3F4sdCfo2spC0zJK7xmZaV4rbVfDTeGlMZZJong7JuJFKOXc4lPVe5Cnc6MA38iYxHqZTYqQpuYjgH6MiyuhY-BGVZMC/s320/n-HAPPY-LIFE-628x314.jpg" width="320" /></a></div>
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Como não amar a o momento em que vi as minhas sobrinhas pela primeira vez? Apesar dos onze anos de diferença entre as duas, a vontade de ficar horas sentindo aquele cheiro de bebê recém-chegado à vida foi a mesma. Ainda lembro da sensação de entrar em um metrô pela primeira vez, algo talvez tão banal para uns, mas, para mim, a concretização de uma mudança de vida. Ainda sinto o ventinho gelado das ruas de Palermo quando sai correndo bêbada em Buenos Aires ralando o meu braço nas paredes das casas... Nada como sentir o coração pulsando de gratidão ao realizar o sonho da minha mãe de conhecer o Santuário de Aparecida, a delícia de cruzar toda uma cidade "apenas" para receber um abraço na catraca do metrô e me sentir invencível ao andar em uma das maiores rodas-gigantes e ver o mundo do alto.</div>
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Nenhuma planilha de Excel vai conseguir listar e mensurar estas emoções, é preciso ter coragem para se entregar ao incontrolável. Quantas sensações deixamos de sentir pela mania de querer quantificar, entender e explicar tudo? Trazer à tona certas lembranças não tem a intenção de me levar ao passado, pelo contrário, elas me ajudam a decidir como eu quero viver a minha vida daqui para frente...</div>
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Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-16514540485444872852016-06-26T17:13:00.000-03:002016-06-27T10:39:21.019-03:00A borboleta que não se sabia bela<div style="text-align: justify;">
Eu acredito que existem muitos mundos por aí, acessá-los é muito mais fácil do que abrir o guarda-roupa de Nárnia, muito mais. Basta só olhar ao redor com um pouquinho mais de atenção. Existe um em específico no qual as crianças acessam como num piscar de olhos. É difícil para um adulto desprovido de imaginação acompanhar as idas e vindas das crianças deste mundo. Eu costumo chamá-lo de <b>"Mundo das Coisas Belas"</b>. É o mesmo mundo onde nasceram a música, a poesia, o arco-íris, o cinema, o abraço, os risos, o cafuné e outras tantas coisas belas que nos fazem felizes. </div>
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<br /></div>
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Neste mundo, as crianças podem ser elas mesmas, podem ter dúvidas, mas jamais terão receio de perguntar, aliás, parece que quanto mais destemido você é, mais tempo você passa nele. As crianças não me deixam mentir, todos os dias elas desbravam um pedaço deste mundo, sejam em seu barco de pirata se lançando em mares desconhecidos, sejam adentrando florestas secretas.</div>
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<br /></div>
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E foi numa destas florestas, que num habitual belo dia, uma criança encontrou uma lagarta desorientada andando de um lado para o outro com aquele monte de pernas. Ele, com a autoridade de quem carrega o nome de um antigo Rei Grego, conhecido como "O Grande", olhou para aquela pequena lagarta e perguntou porque ela andava daquele jeito, praticamente em círculos, rodando para lá e para cá e sem sair do lugar. A lagarta então disse que não sabia ao certo o que fazia ali, já que ninguém brincava com ela devido ao receio que os outros tinham de tocá-la e se queimarem. Além disto, devido ao seu tamanho, ela via pouca coisa, apenas a terra e folhas caídas no chão. A impressão que o garoto teve foi a de que toda aquela amplidão dava mais medo à lagarta do que o medo que os outros tinham de pegá-la.</div>
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O garoto, num ato de generosidade e coragem típica dos pimpolhos de três anos de idade, levou aquele pequeno ser para onde estavam as outras crianças. A curiosidade inicial daqueles olhinhos brilhantes deu lugar a uma tarde lúdica, onde os sorrisos daqueles pequeninos criaram uma espécie de escudo mágico, onde o medo, nem nada que não pertencesse àquele mundo, poderia entrar.</div>
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Porém, existe aquele momento do dia em que as crianças precisam voltar para o "Mundo dos Pais" e não são todos os adultos que entendem a felicidade de se passar um tempo brincando com uma lagarta. Por isto, o pequeno inseto se sentiu mais uma vez solitário e se fechou em seu casulo. O passar dos dias envolta naquele véu, presa em si mesma, foram dias reflexivos para a lagarta. </div>
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<br /></div>
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Foi quando se deu conta de que fazia parte daquele mundo que ela tanto temia e que somente no dia em que se abrisse para a vastidão das possibilidades da vida, ela poderia novamente reencontrar o sorriso. O véu então caiu e a lagarta percebeu que não precisava de tantas pernas, agora ela tinha asas e entendeu a sua missão: espalhar o pólen mágico e ajudar a fecundar um mundo muito mais colorido e belo.</div>
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<br /></div>
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E não importa quão clichê seja esta ou a sua história, o importante é que ela tem a missão de nos lembrar de ver o mesmo mundo de diversas formas.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCp1hRqT96RxoWgLySxOqdmu3mv_amHEnKkyJOUEpHaTLqfwUuCVNa2pPfHwEZZ8Bpbav6N8Vse3tegY5DliHOXlcQmx3ot_rfJ2XzWWr6vKfBdVQh5NnjtfX3DW3DpYwKM0k3MQsM84Qj/s1600/papillon789.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCp1hRqT96RxoWgLySxOqdmu3mv_amHEnKkyJOUEpHaTLqfwUuCVNa2pPfHwEZZ8Bpbav6N8Vse3tegY5DliHOXlcQmx3ot_rfJ2XzWWr6vKfBdVQh5NnjtfX3DW3DpYwKM0k3MQsM84Qj/s320/papillon789.jpg" width="320" /></a></div>
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Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-62495446026810885022016-03-27T21:26:00.000-03:002016-03-28T12:17:28.367-03:00Oz é logo ali<div style="text-align: justify;">
O escritor brasileiro Érico Veríssimo acreditava que existem dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar. Tal como Dorothy, os que viajam para descobrir, estão, cada um à sua maneira, à procura da sua estrada de tijolinhos amarelos, aquela que finalmente irão levá-los ao lugar que trará a sensação de pertencimento a algo. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwvhyphenhyphen2nw4_-dLqdqEvImy-M-c4p6kSS5j_7CrIgd6TEqEMCDFzgqdgfGGDX6WOE-Xbc93bg5kNqhRdit-SMUb5YoZ_vGLoKF2RHgB7LQiZ9uYZ4EGaIhVqM6wL842KUjh2zZTi-RUCGEJq/s1600/yellow-brick-road-oz-ss-1920.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwvhyphenhyphen2nw4_-dLqdqEvImy-M-c4p6kSS5j_7CrIgd6TEqEMCDFzgqdgfGGDX6WOE-Xbc93bg5kNqhRdit-SMUb5YoZ_vGLoKF2RHgB7LQiZ9uYZ4EGaIhVqM6wL842KUjh2zZTi-RUCGEJq/s200/yellow-brick-road-oz-ss-1920.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Abrir os portões do desconhecido não é algo fácil. Para se entrar no quartinho escuro das emoções é necessário que o aventureiro solitário seja "ao mesmo tempo" o seu próprio homem de lata, espantalho e leão. Mas, para os que entendem a necessidade desta viagem, <b>Oz é logo ali.</b></div>
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<br /></div>
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Assim como o arco-íris, aquilo que você busca só irá aparecer quando todos os fenômenos e condições necessárias estejam alinhados. A mágica então acontece e aquilo que você busca também estará buscando você. E, finalmente, você pode parar e apreciar a paisagem, agora com novos olhos. </div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O pote de ouro sempre está ao alcance das mãos, basta enxergar aquilo que você nunca pensou estar vendo... </div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-87434207157555605312016-01-23T16:22:00.001-02:002016-01-23T16:22:33.242-02:00Ampulheta<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de tantos estudos, teorias e (por quê não?) devaneios sobre o tempo, eu continuo sem nenhuma resposta concreta sobre o que ele é. E provavelmente não sou a única a carregar este sentimento. É interessante perceber como tentamos defini-lo dando ao tempo unidades de medidas e índices que, para mim, não passam de subterfúgios para torná-lo um pouco palpável e assim exercer algum tipo de controle sobre ele. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma vez estava comentando com uma colega de um grupo de estudo que, apesar do caminho que fazíamos andando entre a estação do metrô e o local de estudo serem os mesmos na ida e na volta, eu tinha certeza absoluta de que a volta sempre era mais curta do que a ida. Sempre. Até hoje tenho esta sensação. Para mim, é esta a palavra-chave da minha relação com o tempo: <b>sensações. </b></div>
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<br /></div>
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Não é novidade que quando estamos enfadados ou esperando loucamente o final de semana, a sensação é a de que o tempo parece seguir lentamente, e que, quando estamos nos divertindo, distraídos, a sensação é a de que o tempo voa. Existe uma frase atribuída a Lao Tzu que liga dois grandes males da nossa sociedade à nossa relação com o tempo: <i>"Se você está deprimido você está vivendo no passado. Se você está ansioso você está vivendo no futuro. Se você está em paz você está vivendo no presente.</i>" Ou seja, se só existisse o presente viveríamos sempre em paz? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aquela vontade de voltar no tempo e corrigir algo ou simplesmente experienciar novamente um momento delicioso? Quem nunca quis saber o que irá acontecer com sua vida daqui uns anos, principalmente para saber o quanto tempo lhe resta para aproveitar as sensações da vida? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não estou querendo fazer nenhum tipo de provocação. Confesso que adoro colecionar as boas sensações da vida, independentemente de quantas unidades de medida de tempo elas durem. Já com as ruins... Bate aquele comichão, aquela vontade de apertar o <i>fast forward... </i>Mas é pura ilusão de que controlamos alguma coisa. E o tempo nem ai, seguindo em seu próprio compasso, ou melhor, em seu próprio tempo. Talvez no dia que desistirmos de controlá-lo, a gente descubra que o tempo é amigo e que nada acontece no tempo certo, porque na verdade <i>todo tempo, é o tempo certo.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6uGz7YdW2jN5sJKE3V36aTxC6KEEQlf8cESa20ISq6GHiOdB1OAI4Pym-W3-FqM25GPEkwsd3MUNr6WKAjLJIRVz1tU-KjQw7bd6mpoF3hRdacgEqEJpuqlVDAQJDdH9d3lQaTPB9WoVF/s1600/ampulheta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6uGz7YdW2jN5sJKE3V36aTxC6KEEQlf8cESa20ISq6GHiOdB1OAI4Pym-W3-FqM25GPEkwsd3MUNr6WKAjLJIRVz1tU-KjQw7bd6mpoF3hRdacgEqEJpuqlVDAQJDdH9d3lQaTPB9WoVF/s200/ampulheta.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tempo amigo seja legal</td></tr>
</tbody></table>
<br />Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-25829793471593758932016-01-07T10:14:00.000-02:002016-01-07T10:14:32.407-02:00O que você precisa<div>
<div style="text-align: justify;">
Anos atrás, eu recebi um presente precioso da minha melhor amiga. Ela nunca soube os efeitos que aquela frase curta, direta e sábia causaram em minha vida. A frase <i><b>"talvez você não mereça passar por isto, mas provavelmente você precisa passar por isto"</b></i> dita há, sei lá, uns 15 anos, em uma época em que tudo era confuso e nebuloso, foi um dos primeiros raios de sol a surgirem entre as nuvens negras que habitavam o meu céu.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Eis que, nas últimas horas de 2015, naquele momento em que você recebe tantos desejos de paz, amor, sucesso, felicidade e em que muitas pessoas estão escolhendo a cor da roupa que irá simbolizar o desejo mor do ano que se inicia, chega um novo presente em forma de frase: <i><b>"desejo que você tenha o que precisa e, na medida do possível, o que você quer."</b></i> Escrita por alguém que, diferentemente da minha melhor amiga, pouco conheço, pouco me conhece, mas muito sensível ao me desejar isto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Carregar na mente e no coração ao longo desta semana esta nova frase, me fez pensar no ponto em que estou na minha jornada, mas, principalmente, me fez pensar no meu caminhar até chegar aqui. Não foram poucas as situações em que eu tinha a certeza absoluta de que não merecia passar, mas tinha comigo aquela frase mais rica do que aquelas escondidas em biscoitos da sorte chinês<i>"...você precisa passar por isto..." </i>E coletando ao longo do caminho tudo, absolutamente tudo o que eu precisava, eu sobrevivi a tempestades e furacões. Tive meu telhado arrancado diversas vezes, e exatamente por isto, fui capaz de enxergar as estrelas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
É por <i>insights</i> como este, que a frase do ano novo me trouxe, que eu percebo o porquê preciso exercitar a gratidão todos os dias e continuar me perdoando pelas vezes em que praguejei os dias ruins. Afinal de contas, o conceito de bom e ruim é relativo. O que eu acreditava ser uma tragédia em minha vida, se revelou exatamente o que eu precisava para promover as mudanças necessárias e me aproximar cada vez mais da minha essência. Tudo sempre esteve nos locais e momentos certos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isto, eu desejo que eu seja tão sábia quanto estas duas pessoas e que aprenda com os dias "bons e ruins" como aproximar cada vez mais aquilo que eu quero daquilo que eu preciso. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hByc29h_Xyrw-EPou5e76a4N3hefxfcN813Vo4OOkuCCfnLg0kXBr9KfIejnDwoiMJLsXH4d6D1FK88D5gEsGEJfhnrQpC-v9fpmoeUimt1VAyibYesRUQT0CgQDa5yNKlvDIpV0KPJu/s1600/pegue-o-que-voce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hByc29h_Xyrw-EPou5e76a4N3hefxfcN813Vo4OOkuCCfnLg0kXBr9KfIejnDwoiMJLsXH4d6D1FK88D5gEsGEJfhnrQpC-v9fpmoeUimt1VAyibYesRUQT0CgQDa5yNKlvDIpV0KPJu/s320/pegue-o-que-voce.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-64740031366550549462016-01-02T19:51:00.001-02:002016-01-02T19:51:51.442-02:00Não importa a pergunta<div style="text-align: justify;">
O ano de 2015 foi provavelmente o mais recheado de aprendizados e conseqüentemente, o mais enriquecedor da minha vida. Curioso ver nas <i>timelines</i> das minhas redes sociais e nos grupos que participo, a quantidade de comentários negativos sobre o ano que se passou. Não estou dizendo que não tive os meus momentos desafiadores em 2015 e gosto de usar a palavra desafiadores ao invés de difíceis, por causa de uma das coisas que aprendi no ano passado: o peso das palavras. A crise econômica também me atingiu, sofri os efeitos de crises pessoais, mas decidi olhar todos os obstáculos de 2015 como oportunidades de crescimento. Dei a cada desafio o peso que ele merecia e os encarei como os contrastes necessários para a minha evolução. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas existe um outro aprendizado que 2015 me trouxe, um aprendizado muito mais eficaz do que os xaropes de vó que servem para curar tudo, desde congestão nasal até dor de barriga. O que eu aprendi é que <b>não importa a pergunta, o amor é a resposta</b>. Simples assim... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é simples mesmo. Não devemos nos deixar levar pela onda de inversão de valores. Resista! Mesmo que te chamem de tolo ou que as circunstâncias te façam duvidar disto, respire fundo e pense que todos nós estamos aqui em busca do mesmo objetivo: a felicidade. Estamos todos tentando, do jeito que sabemos, do jeito que aprendemos. A intolerância, que é prima da falta de amor, é uma erva daninha que vem ao longo de eras diminuindo a nossa compaixão e nos tornando cada vez mais egoístas. É importante ressaltar que individualismo é diferente de egoísmo. O individualismo para mim é algo positivo, significa que eu estou comigo, me amando, me perdoando, mas respeitando o outro e a sua individualidade. Enquanto o egoísmo parece-me ser algo que distancia as pessoas, quanto mais alguém quer estar no centro, mas distante ele fica do que realmente importa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho a ilusão de que entre os dias 31 de dezembro e primeiro de janeiro os meus desafios magicamente sumiram, acho fundamental este desejo coletivo de que a cada novo ano, as esperanças se renovam, mas gosto de pensar que a cada mês, a cada semana, a cada dia, a cada hora, a cada minuto, existe a possibilidade de renovarmos as esperanças e criarmos a nossa própria realidade. É por isto que eu desejo para mim em 2016 e em todos os anos que virão, que eu sempre saiba a resposta, não importando a pergunta que a vida me faça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBm3fz0v2zBZFwJU58RFnGcV6WN2533qoZ_6WCygzNHgEafYEkOCNjUvxXDXOb_VCEEMxRsOy87FIbR1ZjZcXr0il-0tW_LryxkI0DLM_zjYcSUo1r7maTY4bkcaMPaQJ_mlQHBwqoUMTp/s1600/o-amor-e-a-resposta-nao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBm3fz0v2zBZFwJU58RFnGcV6WN2533qoZ_6WCygzNHgEafYEkOCNjUvxXDXOb_VCEEMxRsOy87FIbR1ZjZcXr0il-0tW_LryxkI0DLM_zjYcSUo1r7maTY4bkcaMPaQJ_mlQHBwqoUMTp/s320/o-amor-e-a-resposta-nao.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-23203427899465120062015-12-09T08:48:00.000-02:002016-01-07T10:17:10.904-02:00O que você faria se não tivesse medo?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="text-align: justify;">Eu já tive muitos medos nesta vida.
O primeiro medo registrado pela minha memória é o de palhaço. Tinha completo
pavor de ver aquelas figuras maquiadas tentando fazer os outros rirem. No meu
caso, as únicas coisas que eles conseguiam eram uma corrida em direção
contrária em busca de um lugar onde poderia me esconder. Lembro-me também
quando me contaram que Papai Noel não existia e um medo avassalador de que Deus
também não existisse tomou conta de mim. Os anos se passaram e acabei
substituindo alguns medos por outros. Mas até onde sei, isto não é um privilégio
meu. Parece que nós, humanos, estamos sempre sendo paralisados por algo. Alguns
chamam de crenças, de zona de conforto, mas a pergunta que não quer calar é: <b>o
que você faria se não tivesse medo?</b></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p><br />
<br />
Já estamos em dezembro, mês das
listas de desejos para o ano que se inicia. Quantos daqueles <i>bullets points</i> que não receberam o <i>check</i> de realizado este ano estarão
presentes na lista de 2016? Fico aqui pensando, que ótimo álibi ter 365 dias à
disposição para realizar um desejo, sem contar que, em alguns casos, estendemos
para os próximos 365 dias. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p><br />
<br />
Quantas frustrações aguentamos até que percebamos que a água já está batendo no pescoço e o desejo pungente clama por uma ação nossa? É desleal com os nossos sonhos. Porém, nadar de braçadas largas, a favor da corredeira das realizações precisa ser condição primordial de todos nós. Segura na mão da coragem e vai... E se der medo, vai com medo mesmo. Felicidade não se adia!<br />
<br />
Da minha parte, estou riscando da lista os diversos adiamentos para voltar a escrever. Inaugurar este novo blog faz parte de um novo projeto: o que você faria mesmo se tivesse medo?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6axOWNFx31P-SVWdR_W_WSaqfevGZEpohBj_Gji-ynMe7jXMJC5AwdDrhLLxjG1XLNhWQBrpeb0RFZN2cJUHU5Py8ig0vS6nDYJXHOurAELuvQPixPIS5OoLUpxcv2-m6QpJi4t0eiQg/s1600/12046665_704480999682012_2269347093620020159_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="335" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6axOWNFx31P-SVWdR_W_WSaqfevGZEpohBj_Gji-ynMe7jXMJC5AwdDrhLLxjG1XLNhWQBrpeb0RFZN2cJUHU5Py8ig0vS6nDYJXHOurAELuvQPixPIS5OoLUpxcv2-m6QpJi4t0eiQg/s400/12046665_704480999682012_2269347093620020159_n.png" width="400" /></a></div>
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Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-83169221649376808262013-05-25T12:50:00.000-03:002016-09-17T15:48:36.295-03:00Não se parte sem avisar...<div style="text-align: justify;">
Esta semana um membro da minha família decidiu que era hora de deixar de viver. Não sei quais demônios o atormentavam, mas hoje isto é o que menos importa. Desde que soube da notícia não foi exatamente nele que passei a pensar, nem nos porquês, mas vira e mexe me pego pensando naqueles que ficaram.</div>
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Penso como cada um de nós passou a semana processando a informação, pois apesar de tudo, as outras vidas devem seguir. Não é assim? Pois bem, pensei na minha mãe sozinha em casa lá em Salvador, que me confessou sua crise de choro, e que depois “passou”. Penso no meu primo que desta vez não estava lá, que desta vez não conseguiu convencê-lo a ficar mais alguns momentos entre nós. Penso na minha tia, na dor de uma mãe em ver o filho ir antes dela, ainda mais naquelas circunstâncias... Não consigo dimensionar o que ela está sentindo e nem quero ter esta pretensão, mal consigo nomear o que se passa dentro de mim.</div>
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E é aí que paro para pensar em mim, desde terça às duas e meia da tarde quando soube. Penso em todos os sentimentos que habitaram o meu coração, a minha alma. O nó na garganta que tratei de engolir até a hora de deixar o trabalho e vir para casa. Foram três horas contendo uma louca vontade de sair andando sem rumo. Não era uma vontade de correr, de gritar, era apenas uma vontade de me entregar à desorientação, de sair por aí, reoxigenar, deixar a concentração de lado e me permitir sentir o soco no estômago, o vazio que só veio me visitar durante as madrugadas, me roubando aquilo, que quem me conhece sabe, me faz uma excelente companhia: o sono.</div>
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Durante estas horas acordada, fiquei pensando que nem éramos tão próximos assim, ele é filho da minha tia que foi casada com o irmão da minha mãe. E, a última vez que o vi foi há quase um ano. No aniversário da minha mãe. Mas e daí? Criar este subterfúgio do distanciamento para tentar me convencer de que eu não deveria sentir o que sinto, só me fez ficar pior... Lembrei dele sorrindo, reclamando dos políticos, conversando com o meu pai, achando uma delícia aqueles petiscos deliciosos e gordurosos que a gente se empanturra em aniversários. Lembrei que em algum lugar existe uma fotografia desse dia e ele está nela.</div>
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Este ano não haverá fotografia, muito menos aniversário. Mas estarei lá daqui 15 dias, olhando para minha mãe, sem saber como dizer: “pode chorar mais, eu sei que ainda não passou”. Vou olhar para o meu primo sabendo que ele não se conforma e que ele sim, ao contrário de mim, soube pôr para fora tudo o que estava preso. E, em vez de dizer “você fez tudo o que pôde”, vou perguntar o que ele achou da nova camisa do Flamengo. Para a minha tia quero apenas não conseguir falar nada, será a melhor forma de respeito, dedicar o meu silêncio pela incompreensão e deixá-la sofrer em paz, sem precisar usar a minha polidez, a minha educação e dizer algo que soe como um sinto muito. Acho que ninguém sente o suficiente...<br />
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E hoje, dentro da minha completa falta de habilidade em consolar qualquer pessoa, inclusive a mim mesma, me senti confortada e mais uma vez pelas manifestações artísticas, o meu lugar favorito, onde sempre que preciso encontro refúgio e paz, nem que seja por alguns minutos. E foi depois de assistir a Monsieur Lazhar que percebi que precisava deixar sair tudo o está aqui dentro. Esta é a forma que sei fazer: escrever. Sim, da minha forma confusa, entrecortada, mas que é a maneira que muitas coisas que não compreendo acabam fazendo um pouco de sentido.</div>
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Que ele descanse em paz. Que eu descanse em paz. Que todos nós descansemos em paz. </div>
Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2559982143174002600.post-38960394684430240952012-01-29T12:53:00.000-02:002016-09-17T15:35:53.883-03:00Os Descendentes<div style="text-align: justify;">
Esqueci hoje no ônibus um cachecol que eu adoro, principalmente pelo valor sentimental e simbolismo que ele tem para mim. Quando me dei contei que o deixei em cima do banco, lembrei-me do filme Os Descendentes. Lembrei porque apesar de ser um ato banal, eu não queria me desfazer do cachecol, e Os Descendentes (guardada as devidas proporções) trata exatamente sobre desapego. Este verbo tão conjugado por mim e por tantas pessoas e tão difícil de praticar. Mas o que me tocou, me levando a lágrimas, (que cinematograficamente não é uma grande obra) é sempre a identificação que tenho com os protagonistas dos filmes do Alexandre Payne. Seus personagens, decidem, ou talvez seja o único meio que conhecem, tratam sempre de assuntos dolorosos, assuntos complicados, assuntos com certa carga de sentimentos (deles e dos outros), assuntos pesados, com humor, rindo de si mesmo, e apesar de não saber direito como lidar, como resolver, indo às cegas, às tontas, de uma maneira torta, eles vão em frente tentando fazer o que eles acreditam que é o certo, nem que este “certo” esbarre na nossa natureza tão humana de sermos egoístas, apegados, confusos, cheios de cicatrizes...</div>
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No filme, o protagonista vive duas situações distintas. Uma em que o controle está nas mãos dele e outra que ele não tem nenhum controle. E são sempre as situações que mostram a nossa impotência que nos trazem mais sofrimentos. A gente quer e quer muito que determinadas coisas nunca morram, mesmo que já não nos faça tanto bem, mesmo que para mantê-las vivas, a gente tenha de enfiar mais ainda o dedo na ferida. E o filme fala justamente disto e tenta nos ensinar que muitas vezes a gente não tem outra opção a não ser deixar as coisas irem, o que a gente pode - e deve - é nos despedir da melhor forma possível e nos perdoar. Perdoar a nossa impotência, perdoar as coisas que “poderíamos” ter feito e não fizemos. E o tempo, sempre ele, se encarrega do resto.<br />
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Milahttp://www.blogger.com/profile/05783509078073924852noreply@blogger.com0